Mais uma tragédia nas rodovias brasileiras deixou famílias desoladas e reacendeu o alerta para os perigos que rondam diariamente quem trabalha no transporte de pacientes em nosso país.
O grave acidente aconteceu na manhã de terça-feira, 10 de junho, na Rodovia Francisco Alves Negrão (SP-258), no interior de São Paulo, e tirou a vida da enfermeira Vanessa Aparecida Ferreira, de 43 anos, profissional dedicada e muito querida por seus colegas de trabalho na Santa Casa de Misericórdia de Itararé.
Vanessa estava em serviço, retornando de uma transferência médica, quando a ambulância em que viajava colidiu violentamente na traseira de uma carreta. O impacto foi tão forte que a enfermeira não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O acidente ocorreu num trecho da rodovia em Itapeva, enquanto a equipe retornava de Sorocaba, onde havia realizado o transporte de um paciente com quadro psiquiátrico.
Além de Vanessa, outros dois profissionais de saúde estavam na ambulância: o motorista e uma segunda enfermeira. Ambos foram socorridos com vida e encaminhados rapidamente ao pronto-socorro de Itapeva, mas, até o momento, o estado de saúde deles não foi oficialmente divulgado pelas autoridades médicas. Já o motorista da carreta envolvida na colisão saiu ileso e dispensou atendimento médico no local.
Comoção em Itararé: “Ela cuidava de todos como se fossem da família”
A morte de Vanessa gerou grande comoção em Itararé e em toda a região. A enfermeira era reconhecida não apenas pela sua competência profissional, mas também por seu coração generoso e sua dedicação aos pacientes. Nas redes sociais, amigos, colegas de trabalho e familiares deixaram centenas de mensagens de carinho, expressando a dor pela perda repentina e prestando homenagens emocionadas.
Em uma das postagens mais tocantes, a cunhada de Vanessa relatou a relação de carinho e entrega que a enfermeira tinha com todos ao seu redor: “Ela cuidava da minha mãe como se fosse dela. Era uma pessoa iluminada, que sempre colocou o bem-estar dos outros em primeiro lugar.”
A Santa Casa de Misericórdia de Itararé, onde Vanessa trabalhava há anos, também se manifestou oficialmente, prestando solidariedade à família e destacando a enorme perda que sua ausência representa para todos que conviveram com sua dedicação no cuidado aos pacientes.
Velório e despedida marcaram a cidade
O corpo de Vanessa foi velado ainda na noite de terça-feira e o sepultamento aconteceu na manhã seguinte, quarta-feira (11), no cemitério municipal de Itararé, cidade onde ela residia e mantinha fortes laços com a comunidade local. O clima de dor e consternação tomou conta da cerimônia, acompanhada por parentes, amigos, colegas de profissão e moradores da cidade.
O caso de Vanessa reacende uma dura realidade enfrentada por profissionais da saúde que atuam nas equipes móveis de atendimento. Seja em deslocamentos de emergência ou em transportes intermunicipais, como o que estava sendo realizado naquele dia, o risco nas estradas é constante e, infelizmente, muitas vezes fatal.
Agora, a Polícia Rodoviária e as autoridades locais investigam as causas da colisão para apurar as responsabilidades e circunstâncias que levaram à tragédia, enquanto a população de Itararé tenta encontrar forças para lidar com a perda repentina de uma profissional tão admirada e querida.
Publicar comentário