O caso envolvendo o desaparecimento de Eliza Samudio ganhou um novo capítulo após o depoimento de Dayanne Souza, esposa do goleiro Bruno. O promotor Gustavo Fantini, responsável por acompanhar o inquérito, afirmou nesta segunda-feira (19) que Dayanne relatou ter visto Eliza viva no sítio do jogador, localizado em Esmeraldas, Minas Gerais, no dia 10 de junho.
Até então, a linha de investigação da polícia indicava que Eliza teria sido morta no dia 9, versão sustentada nos depoimentos do primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, e de um adolescente apreendido no Rio de Janeiro. Com a nova informação, as autoridades começaram a considerar a possibilidade de rever toda a cronologia do crime.
Dayanne está presa no Complexo Penitenciário Estêvão Pinto, em Belo Horizonte, acusada de envolvimento no sumiço de Eliza. Ela nega participação direta no caso. A jovem, que teve um relacionamento com Bruno, está desaparecida desde o início de junho, e para a polícia, há indícios fortes de que esteja morta.
Segundo o promotor, Dayanne contou ter visto Eliza tanto no dia 9 quanto, pela última vez, no dia 10 de junho. Durante o interrogatório, declarou não ter notado qualquer ferimento aparente na cabeça da jovem.
Além disso, revelou que Bruno pediu para ela cuidar do bebê de Eliza, então com apenas cinco meses de idade, alegando que precisava viajar e que Eliza teria saído para fazer compras para uma viagem. Dayanne confirmou que sabia que o menino era filho da modelo.
Contradições, Defesa e Bastidores Do Caso
Em seu novo depoimento, Dayanne admitiu ter começado a cuidar do bebê no dia 10 de junho, o que contradiz sua primeira versão prestada no fim daquele mês, quando havia dito que só teve contato com a criança a partir de 20 de junho.
O promotor Fantini explicou que Dayanne resolveu mudar sua versão após conversar com a mãe e o irmão, declarando que não teria mais motivos para “segurar a barra” de Bruno.
Outro ponto revelado no depoimento diz respeito à defesa de Dayanne. Inicialmente, ela era representada por Ércio Quaresma, advogado de Bruno, mas declarou não ter assinado nenhuma procuração em nome dele.
Dayanne afirmou acreditar que seria melhor ter um advogado exclusivamente para ela. Nesta segunda-feira, três advogados estiveram no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte, afirmando atuar na defesa de Dayanne a pedido da família.
Publicar comentário