Com uma carreira consolidada na televisão, Mateus Solano (43) agora brilha nos palcos com seu primeiro monólogo, O Figurante. Em entrevista à Revista CARAS, o ator falou sobre os desafios dessa nova fase, sua escolha por uma vida discreta e as reflexões que faz sobre o uso excessivo das redes sociais.
A importância de separar a vida pessoal do trabalho
Para Solano, manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é fundamental. Ele acredita que a exposição excessiva pode prejudicar a valorização do trabalho artístico.
“Podemos até compartilhar momentos da nossa vida de forma artística, mas o trabalho precisa ser reconhecido! Insisto muito nisso, porque hoje parece que ninguém mais tem controle sobre sua própria imagem”, ressalta. Mesmo tendo redes sociais, o ator admite que não é um usuário assíduo e que se sente um pouco deslocado nesse ambiente digital.
“Sinto que estamos no meio de um furacão. Vejo pessoas com milhões de seguidores e não faço ideia de quem são. Me sinto um pouco perdido nesse mundo”, confessa.
Para ele, a popularidade online não pode ser o único critério para medir o sucesso de um artista. “Acredito que, em algum momento, as coisas vão se equilibrar e as pessoas vão perceber a importância de viver mais a realidade”, acrescenta.
Solano também observa que até mesmo grandes empresas, produtoras e emissoras ainda estão tentando entender essa nova dinâmica das redes sociais.
“Está todo mundo testando possibilidades e esperando para ver o que funciona. Mas espero que isso nos leve a diminuir um pouco o tempo nas redes e voltar a nos conectar com o mundo real”, reflete.
O desafio do monólogo O Figurante
Agora, longe da televisão, Solano encara um novo desafio com o monólogo O Figurante. No espetáculo, ele interpreta Augusto, um figurante dedicado e experiente, acostumado a trabalhar em produções audiovisuais sem muito reconhecimento. No entanto, ele começa a questionar o verdadeiro valor do seu trabalho.
O espetáculo foi desenvolvido em parceria com Miguel Thiré (42), que assina a direção e ajudou a criar uma abordagem cênica baseada no uso da voz e do corpo como principais ferramentas de atuação.
Para Solano, esse projeto representa um grande desafio. “Estou completamente fora da minha zona de conforto. Durante 1 hora e 10 minutos, sou apenas eu, o público e essa troca intensa. Não há como fugir, preciso encarar minhas dificuldades de frente. Tem sido um verdadeiro exercício de superação”, revela.
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