O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi colocado em prisão domiciliar temporária nesta segunda-feira (4/8) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão foi tomada após o magistrado considerar que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente, incluindo a proibição de comunicação pelas redes sociais, mesmo por intermédio de terceiros.
Durante o cumprimento da ordem, o ex-presidente reagiu com revolta e indignação. Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, também teria ficado bastante abalada com a situação.
Segundo aliados, o clima dentro da residência em Brasília foi de forte tensão. Bolsonaro, visivelmente irritado, protestou contra a decisão e teria se referido a ela como “um ataque político e pessoal”. Michelle, por sua vez, demonstrou tristeza e preocupação, chegando a chorar enquanto acompanhava o desenrolar da ação.
A ex-primeira-dama, que tem mantido uma postura mais discreta nos últimos meses, teria afirmado a pessoas próximas que está aflita com o que classificou como mais um capítulo difícil enfrentado pela família.
Prisão domiciliar será integral, mas tem prazo definido
A prisão decretada por Moraes tem caráter preventivo e temporário, ou seja, não é definitiva. Enquanto estiver em vigor, Bolsonaro não poderá deixar sua residência em nenhum horário do dia, nem mesmo aos fins de semana, estando submetido a monitoramento por tornozeleira eletrônica 24 horas por dia. A decisão visa impedir que o ex-presidente continue descumprindo medidas judiciais e garantir a integridade das investigações.
Além da prisão domiciliar, Moraes também determinou a apreensão dos celulares de Bolsonaro, com o objetivo de analisar se houve outras violações à ordem judicial, especialmente no uso indireto das redes sociais. A equipe jurídica do ex-presidente deverá apresentar defesa nos próximos dias, tentando reverter a decisão.
Enquanto isso, a tensão permanece dentro da casa da família Bolsonaro, onde o clima, segundo relatos, é de incerteza e abatimento. A tristeza de Michelle foi vista como reflexo do desgaste emocional acumulado nos últimos meses de investigações e decisões judiciais contra o marido.
Descumprimento claro da proibição levou à medida extrema
A gota d’água para a nova sanção foi a participação de Bolsonaro, por telefone, em uma manifestação no Rio de Janeiro no último domingo (3/8). Embora estivesse em casa, sua fala foi transmitida durante o evento e reproduzida nas redes sociais por seus filhos, Carlos e Flávio Bolsonaro. Moraes entendeu que houve violação direta da medida cautelar que proibia qualquer manifestação pública, direta ou indireta, do ex-presidente nas redes sociais.
A defesa de Bolsonaro sustenta que ele não fez postagem alguma e que não teve intenção de burlar as regras. No entanto, o Supremo avaliou que o ex-presidente tem utilizado terceiros para continuar se comunicando com o público, o que contraria frontalmente as medidas anteriormente impostas.
Agora, o ex-presidente seguirá recluso em casa, sob vigilância permanente, até nova decisão. O período da prisão pode ser prorrogado ou revogado a depender do andamento das apurações, mas até lá, Bolsonaro e sua família enfrentam mais uma fase turbulenta, com reflexos emocionais visíveis, inclusive em Michelle Bolsonaro.
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