O câncer de pulmão é uma das formas mais agressivas da doença e tem se tornado uma preocupação crescente entre as mulheres, especialmente aquelas que fumam.
Embora por muitos anos tenha sido mais comum em homens, o número de diagnósticos em mulheres vem aumentando, o que especialistas atribuem principalmente ao hábito do tabagismo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o cigarro é responsável por cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão. Nas mulheres, o risco se agrava devido a fatores hormonais e à maior sensibilidade do tecido pulmonar aos componentes tóxicos do cigarro.
“O pulmão feminino reage de forma diferente às substâncias do tabaco, o que pode acelerar o processo de formação de tumores”, explica o pneumologista Dr. Eduardo Castanho.
Mesmo aquelas que fumam em menor quantidade, como de forma social ou ocasional, não estão protegidas. O risco está diretamente ligado à exposição contínua às mais de 4.700 substâncias tóxicas presentes no cigarro, muitas delas cancerígenas.
Além disso, o tabagismo passivo também representa perigo real — mulheres que convivem com fumantes em casa ou no ambiente de trabalho podem desenvolver a doença mesmo sem fumar diretamente.
Sintomas podem demorar a aparecer, mas exigem atenção
O câncer de pulmão é silencioso. Muitas mulheres só descobrem a doença em estágios avançados, quando os sintomas começam a interferir drasticamente na qualidade de vida.
Os sinais mais comuns incluem tosse persistente, dor no peito, falta de ar, rouquidão e perda de peso inexplicada. Em fumantes, esses sintomas muitas vezes são confundidos com efeitos normais do hábito, o que retarda o diagnóstico.
Outro alerta importante é que, mesmo após parar de fumar, os riscos não desaparecem imediatamente. O corpo precisa de anos para eliminar os efeitos do tabaco. No entanto, quanto antes a mulher deixar o cigarro, maiores são as chances de regeneração pulmonar e menor o risco de desenvolver o câncer.
Segundo o Dr. Eduardo, a prevenção ainda é a melhor estratégia. “Parar de fumar é o passo mais importante. Mas também é fundamental realizar check-ups regulares, especialmente para mulheres com histórico familiar ou que fumaram por muitos anos”, afirma.
Além do abandono do cigarro, manter uma alimentação rica em antioxidantes, praticar atividades físicas e evitar ambientes poluídos são medidas que ajudam na proteção pulmonar. O médico também recomenda que, diante de qualquer sintoma persistente, a mulher procure um pneumologista ou oncologista o quanto antes.
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