Uma tragédia abalou Bacabal, município a cerca de 250 km de São Luís, na última terça-feira (30). Duas crianças, identificadas como Wildean da Conceição Ferreira, de 12 anos, e Lucas Ryan Costa dos Santos, de 8 anos, foram encontradas mortas em uma lagoa da região.
A Polícia Civil investiga a possibilidade de que um choque elétrico de um peixe-poraquê, também conhecido como peixe-elétrico, tenha sido a causa do afogamento das crianças.
A Investigação: Polícia Busca Entender se Choque de Peixe-Elétrico Provocou Afogamento
De acordo com relatos de moradores da região, Wildean e Lucas estavam brincando na lagoa, onde já houve registros de acidentes envolvendo o poraquê, um peixe capaz de emitir descargas elétricas potentes.
Moradores locais mencionaram que a área é conhecida pela presença desses animais, que podem gerar choques intensos o suficiente para desorientar e até imobilizar uma pessoa, especialmente crianças.
A Delegacia de Bacabal, responsável pela investigação, solicitou um laudo pericial para determinar as causas da morte das crianças. O objetivo é verificar se as vítimas morreram devido a um afogamento comum ou se a descarga elétrica emitida pelo peixe-poraquê pode ter sido um fator determinante para o afogamento.
A possibilidade de um choque elétrico que tenha incapacitado as crianças é uma das hipóteses mais preocupantes para as autoridades, pois indicaria um risco constante para os moradores que frequentam a lagoa.
Comunidade em Luto e Alerta para os Riscos na Lagoa
A tragédia trouxe uma onda de luto e apreensão para a comunidade de Bacabal. A Prefeitura local emitiu uma nota oficial expressando pesar pela morte das crianças e lamentando profundamente a perda precoce.
Além disso, o município alerta a população sobre os perigos das lagoas que contêm espécies de peixes elétricos, especialmente durante o período de chuvas, quando a quantidade de água nas lagoas aumenta, ampliando o habitat do poraquê.
O peixe-poraquê, também chamado de enguia-elétrica, é encontrado em diversos rios e lagoas da região amazônica e pode liberar descargas de até 650 volts, o que pode ser letal.
Crianças, em especial, são mais vulneráveis, uma vez que um choque intenso pode causar paralisia momentânea, impossibilitando qualquer reação para sair da água. Moradores locais estão se mobilizando para aumentar a conscientização sobre os riscos de nadar em determinadas áreas e para evitar futuras tragédias.
Causas e Consequências: Autoridades Investem na Conscientização e Segurança Local
Enquanto aguarda o resultado do laudo pericial, a Polícia Civil trabalha em conjunto com as autoridades de Bacabal para reforçar a segurança nas áreas de lagoa e rios da região. A polícia destacou a importância de um estudo mais detalhado da fauna aquática local, buscando entender a extensão dos riscos que o poraquê e outros animais podem representar para a população.
A investigação também deve gerar um alerta para outros municípios que possuem ambientes aquáticos habitados por peixes elétricos, incentivando medidas de segurança e sinalização para proteger os banhistas.
O caso de Wildean e Lucas Ryan expõe a necessidade urgente de conscientização e segurança em regiões que abrigam animais de alto potencial elétrico. Além de um lamento profundo pela perda de duas jovens vidas, a tragédia revela a importância de informar a população sobre os riscos naturais que, muitas vezes, passam despercebidos até que o pior aconteça.
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