
O ex-presidente Jair Bolsonaro já admite nos bastidores que dificilmente escapará da prisão, com o Supremo Tribunal Federal (STF) acelerando os processos que podem levá-lo à condenação.
As investigações apontam seu envolvimento em uma possível tentativa de golpe de Estado, além da falsificação de cartões de vacinação e ataques ao sistema eleitoral. Caso condenado, Bolsonaro pode ser preso nos próximos meses e passar todo o ano de 2026 atrás das grades.
Apesar do risco iminente para o ex-presidente, sua esposa, Michelle Bolsonaro, não deve ser afetada diretamente. Até o momento, não há indícios concretos de que ela possa ser responsabilizada criminalmente.
Pelos casos que envolvem Bolsonaro, e seus aliados reforçam que ela continuará em liberdade, podendo manter sua atuação política e até mesmo disputar um cargo nas eleições futuras.
Bolsonaro pode negociar apoio político em troca de liberdade
Com poucas alternativas jurídicas para evitar a prisão, aliados de Bolsonaro já discutem estratégias para garantir sua libertação no futuro. Uma das possibilidades seria negociar o apoio do ex-presidente a uma candidatura de direita em 2026.
Em troca da concessão da chamada graça presidencial — um mecanismo legal que permite ao presidente da República extinguir a punição de um condenado.
Contudo, o STF já sinalizou que não aceita o uso da graça com motivações políticas, como ocorreu no caso do ex-deputado Daniel Silveira, cuja anistia concedida por Bolsonaro foi anulada pela Corte. Além disso, qualquer presidente que tentasse perdoá-lo poderia enfrentar um alto custo político no início do mandato.
Aliados apostam na anistia como solução mais viável
Diante da resistência do STF à concessão de uma graça, a estratégia mais viável seria aprovar uma anistia no Congresso Nacional. Diferente da graça presidencial, que depende exclusivamente do Executivo, a anistia precisa ser aprovada como lei ordinária pelo Legislativo.
Essa alternativa já está sendo discutida entre aliados e poderia ser viabilizada caso Bolsonaro abrisse mão de sua candidatura e oferecesse apoio a uma chapa de direita em 2026. Um dos nomes cotados para essa negociação é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Enquanto isso, Bolsonaro enfrenta a possibilidade de ser preso antes das eleições, ficando dependente do cenário político de 2026 para recuperar sua liberdade. Já Michelle Bolsonaro segue sem riscos iminentes, podendo continuar ativa politicamente e até representar a base bolsonarista nas próximas eleições.
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