Mãe Chora Sobre o Caixão da Filha e O Pior Acontece: ‘Ela Sep…Ver mais

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A cidade de Janaúba, em Minas Gerais, viveu uma das maiores tragédias de sua história com o ataque à creche Gente Inocente, que resultou na morte de várias crianças. Entre as vítimas estava Ana Clara Ferreira Silva, de apenas quatro anos, cuja despedida comoveu toda a comunidade. No cemitério da cidade, os gritos da mãe, Luana Ferreira de Jesus, resumiram a dor de uma família devastada: “Você me deu os dois, por que agora me tira um?”.

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Ana Clara era irmã gêmea de Victor Hugo, que, por estar com conjuntivite, havia ficado em casa no dia do ataque. A ausência do irmão no local salvou-lhe a vida, mas o deixou emocionalmente abalado. Segundo familiares, ele permaneceu em silêncio, sentado ao lado do caixão da irmã durante o velório. A dor de não ter a irmã ao seu lado foi profunda e silenciosa.

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Os pais de Ana Clara têm outros quatro filhos, dois dos quais também estavam na creche no momento do ataque. Ambos foram internados por inalação de fumaça, mas se recuperam. “A gente perde o chão”, declarou o avô materno, Antônio Ferreira. “Ana Clara era uma criança alegre, inteligente e sempre pronta para ir à escola.”

A menina foi velada na própria casa da família, localizada em uma área simples, de terra batida, a poucos metros da creche. O cortejo fúnebre, acompanhado por um ônibus escolar com dezenas de pessoas, percorreu a curta distância até o cemitério, onde o clima era de profunda comoção.

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Outro relato marcante foi o de Jelikele Soares, mãe de Ruan Miguel Soares Silva, também de quatro anos, que não resistiu ao ataque. Desolada, ela contou que reconheceu o filho apenas pelos dentes. Ruan era seu único filho e era conhecido pela alegria e energia com que enchia a vizinhança. “Ele morreu sorrindo”, disse a mãe, em lágrimas.

Ruan dormia abraçado com a mãe todas as noites e agora ela tenta encontrar forças para lidar com o vazio. “Se o homem quisesse morrer, que morresse. Mas que deixasse os bichinhos em paz”, desabafou Jelikele. Em um gesto de lembrança e homenagem, ela decidiu entregar uma foto do filho a todos que a visitam, buscando uma forma de transformar a dor em memória.

A tragédia de Janaúba deixou marcas profundas em muitas famílias e levantou questões urgentes sobre a segurança nas instituições de ensino e o suporte às vítimas de violência. O luto da cidade é coletivo — e o clamor por justiça e paz, igualmente.

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