Nos últimos meses de vida da cantora Preta Gil, uma decisão médica drástica chegou a ser discutida nos bastidores de seu tratamento: a retirada completa do intestino. A medida extrema foi cogitada como forma de tentar conter o avanço de um câncer colorretal que já não respondia aos métodos convencionais.
Diagnosticada em janeiro de 2023, Preta enfrentou sessões de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e chegou até a comemorar a remissão da doença. Mas, em agosto de 2024, o câncer voltou — e voltou com força.
A nova fase da doença trouxe metástase em quatro áreas diferentes do corpo: dois linfonodos, o peritônio e um nódulo no ureter. Diante desse cenário, os médicos avaliaram a possibilidade de uma colectomia total — a retirada completa do intestino grosso. O procedimento, embora delicado, poderia dar à cantora mais tempo de vida, ainda que com uma rotina totalmente adaptada. Ela passaria a viver com uma bolsa de colostomia e sob cuidados contínuos.
Estado avançado da doença impediu cirurgia radical
Embora o plano tenha sido avaliado com seriedade, os médicos concluíram que já não era possível reverter o quadro. O câncer havia se espalhado de maneira agressiva, silenciosa e veloz.
Mesmo com a retirada do intestino, os demais pontos de metástase continuariam ativos, e a cirurgia não traria o impacto positivo esperado. Pelo contrário, poderia causar dores ainda mais intensas e acelerar o desgaste do organismo.
Preta foi informada sobre a avaliação com total honestidade. Segundo pessoas próximas, ela recebeu a notícia com serenidade. Sabia que havia tentado tudo — desde tratamentos no Brasil até terapias experimentais nos Estados Unidos, no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, uma das instituições mais respeitadas do mundo na área de oncologia. Ainda assim, quando se deparou com os limites da medicina, decidiu seguir lutando com dignidade, sem se submeter a procedimentos sem esperança real de sucesso.
Últimos dias foram marcados por amor, calma e aceitação
Internada em Nova York nos últimos meses, Preta passou a se preparar emocionalmente para o desfecho que se aproximava. Ela estava cercada de amor: do filho Francisco, de amigos como Ju de Paulla e da madrasta Flora Gil.
Mesmo com o corpo fragilizado, manteve o espírito firme. Em uma de suas últimas falas, chegou a planejar o próprio velório, dizendo que queria uma “micareta” com Ivete Sangalo em cima do trio elétrico.
A cirurgia que os médicos cogitaram não aconteceu. Não por negligência ou falta de recursos, mas porque Preta já estava além da possibilidade de uma intervenção salvadora. Seu corpo pedia descanso. Sua luta foi até onde o possível alcançava — e, dali em diante, restava apenas o carinho dos que estavam ao seu redor.
Preta Gil partiu com paz. Não houve desespero, nem agonia. Apenas silêncio, respeito e amor. A remoção do intestino poderia ter sido uma chance em outro tempo, mas, naquele momento, a única certeza era que ela merecia partir tranquila, depois de uma vida intensa, verdadeira e cheia de luz.
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