O mundo atravessa um fim de semana de grande tensão. Desde a noite de quinta-feira (12), no horário de Brasília, os bombardeios de Israel contra instalações militares, cidades e centrais nucleares no Irã reacenderam o temor de uma nova guerra no Oriente Médio. A situação se agravou após o Irã reagir aos ataques, aumentando o receio de uma escalada que pode envolver armas nucleares e atingir outras regiões.
Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a rivalidade entre Israel e Irã tem raízes profundas na disputa por influência política e militar na região. De um lado, Israel, acusado de colonizar territórios palestinos e de cometer genocídio na Faixa de Gaza; do outro, o Irã, uma nação xiita que há décadas financia grupos contrários ao Estado israelense.
Conflito Histórico e o Eixo de Resistência
De acordo com Ronaldo Carmona, professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG), Israel aproveita um momento estratégico para enfraquecer o Irã, apesar das crises políticas enfrentadas pelo governo de Benjamin Netanyahu. Carmona ressalta que Israel tem interesses expansionistas e busca concretizar o projeto do chamado “Grande Israel”, ampliando sua presença territorial e reduzindo a capacidade de seus inimigos.
O professor ainda lembra que o Irã lidera há décadas o chamado eixo de resistência islâmica a Israel. Esse bloco inclui grupos como o Hezbollah, Hamas, houthis no Iêmen, milícias no Iraque e, anteriormente, o governo sírio de Bashar al-Assad. Nos últimos anos, porém, o eixo sofreu severos golpes militares e políticos, muitos deles atribuídos a Israel, como a destruição de bases do Hezbollah e a instabilidade na Síria.
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Disputa Nuclear e Guerra de Versões
No centro da atual crise está o programa nuclear iraniano. Na quinta-feira (12), o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução acusando o Irã de descumprir obrigações de inspeção nuclear. Segundo a agência, Teerã estaria enriquecendo urânio a níveis preocupantes e acumulando material suficiente para possível uso bélico.
Em resposta, Israel bombardeou instalações nucleares e bases militares iranianas na sexta-feira (13), matando militares e cientistas. O Irã prometeu retaliar, agravando ainda mais o cenário de incerteza.
Enquanto isso, Israel, que nunca assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, acusa Teerã de buscar armamento atômico. Já o Irã alega usar a tecnologia apenas para fins pacíficos e denuncia perseguição política por parte da AIEA e potências ocidentais.
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