
O céu parecia calmo sobre o Monte Rinjani, mas bastou uma notícia para reacender o medo que ainda pairava na região. O Brasil mal teve tempo de se recuperar do choque da morte de Juliana Marins, a jovem carioca apaixonada por trilhas, que encontrou seu fim ao despencar de um dos trechos mais traiçoeiros daquela montanha. Seu corpo, encontrado dias depois, entre rochas, tornou-se o símbolo cruel de que, ali, a beleza pode se transformar em armadilha.
O Monte Rinjani, famoso por suas paisagens arrebatadoras, agora carrega um ar quase sombrio. É como se a montanha escondesse segredos em cada curva, pronta para testar quem ousa pisar em seus caminhos íngremes.
E foi justamente poucos dias após a tragédia de Juliana que outro grito ecoou entre as pedras: mais um acidente, dessa vez envolvendo um turista da Malásia, cujo nome permanece em sigilo.
O Eco dos Perigos Escondidos
A queda do turista malaio aconteceu no mesmo Monte Rinjani, em Lombok. Felizmente, o destino foi mais brando com ele. Ferido, mas vivo, foi resgatado pelas equipes do parque e segue em recuperação. Mesmo assim, seu acidente alimenta um receio crescente: estaria o Rinjani se tornando um destino mortal? A sequência de quedas não é coincidência — especialistas locais alertam que talvez a estrutura e a sinalização do lugar não estejam preparadas para receber aventureiros em massa.
A beleza do Rinjani é inegável, mas há riscos invisíveis que o tornam uma armadilha traiçoeira. O solo instável, as mudanças bruscas de clima, a altitude que rouba o fôlego e as trilhas escorregadias são apenas parte de um cenário que, embora exuberante, pode se tornar fatal em poucos segundos.
Entre o Fascínio e o Abismo
Juliana Marins, mesmo experiente, não resistiu às armadilhas do vulcão. Sua história permanece como aviso severo de que, ali, não há espaço para descuido. O caso do turista malaio, embora menos fatal, reforça que o fascínio pelo Rinjani deve vir acompanhado de extremo respeito e preparo físico.
Guias e autoridades locais seguem alertando: a montanha exige humildade, preparo e prudência. O Monte Rinjani continua, irresistível, a atrair aventureiros do mundo inteiro. Mas a pergunta que paira sobre o vento gelado de seu cume ecoa como um sussurro sombrio: até quando essa montanha vai cobrar seu preço em vidas? A beleza, naquele lugar, pode ser o prelúdio de um abismo sem volta.
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