
A tragédia envolvendo o pequeno Arthur Ramos, de apenas 2 anos, abalou a cidade de Tabira, no sertão de Pernambuco. O menino morreu no último domingo (16) após ser levado ao hospital com graves lesões pelo corpo.
Os principais suspeitos do crime, Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes, foram presos na noite de terça-feira (18).
A mãe da criança, Geovana Ramos, confiava no casal para cuidar do filho enquanto trabalhava, mas agora vive um pesadelo. Abalada e visivelmente assustada, ela compareceu ao velório do filho, onde foi amparada por amigos e familiares. Entre lágrimas, mal conseguia expressar a dor de perder Arthur de forma tão brutal.
Além do luto, Geovana enfrenta ataques nas redes sociais e precisou se defender das acusações de abandono. Segundo ela, jamais deixaria o filho em risco e confiava cegamente nos suspeitos.
“Eu só queria dar um futuro melhor para o meu filho”
Geovana usou as redes sociais para desabafar sobre o julgamento que vem sofrendo e negou qualquer envolvimento na tragédia.
“Eu não abandonei meu filho, eu estava trabalhando… Eu errei em confiar nessas ‘almas sebosas’. Eu tenho provas de que estava em busca do sustento pro meu filho. A culpa é deles e não minha, pelo amor de Deus, eu não tenho mais cabeça pra ler comentários negativos”, escreveu.
A mãe também revelou que o pai de Arthur faleceu há dois anos, mas não quis dar detalhes sobre as circunstâncias da morte. Amigos próximos relatam que a vida da jovem nunca foi fácil e que tudo o que ela queria era proporcionar um futuro melhor para a criança.
Linchamento e prisão dos suspeitos
O casal suspeito do crime foi localizado na zona rural de Carnaíba, a cerca de 40 km de Tabira, e preso na última terça-feira (18). No entanto, ao chegarem à delegacia, um grupo de populares revoltados arrancou Antônio da viatura e o linchou brutalmente. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Já Giselda passou por audiência de custódia e foi encaminhada para uma unidade prisional, cujo nome não foi divulgado. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a participação de cada envolvido no linchamento e avaliar a conduta dos policiais que estavam no local.
Enquanto isso, Geovana tenta enfrentar a dor da perda e as consequências da tragédia. No sepultamento, amigos relataram que ela estava em choque, chorando sem parar e completamente devastada com a despedida do filho.
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