Um pai de santo foi preso preventivamente na última sexta-feira (8), em Taguatinga, Distrito Federal, acusado de praticar abusos sexuais contra seis mulheres. Segundo as investigações, os crimes teriam ocorrido sob o pretexto de “purificação espiritual” e “cura” para problemas emocionais e físicos.
Identificado como Renato Hudson Silva Alves, o homem é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. De acordo com a Polícia Civil, ele se aproveitava da posição de autoridade religiosa para manipular e enganar as fiéis, utilizando o ambiente de culto como ferramenta para conquistar a confiança das vítimas.
Ainda segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, as mulheres procuravam o terreiro em busca de auxílio para questões como depressão e violência doméstica. No entanto, eram submetidas a situações degradantes, sempre sob a justificativa de que se tratava de um ritual de “limpeza” ou “cura espiritual”.
Pretexto religioso para justificar abusos
As denúncias apontam que Renato Hudson Silva Alves teria obrigado as vítimas a praticarem sexo oral nele, alegando que o ato serviria para “limpar a língua”. Em um dos casos, ele chegou a proibir uma das mulheres de manter qualquer relacionamento amoroso, controlando a vida pessoal dela.
Uma das vítimas relatou que, durante dois anos, foi estuprada, manipulada e até mutilada com navalhas em supostos rituais para tratar transtorno bipolar. O acusado também teria usado ameaças para manter o silêncio das mulheres, dizendo que elas “enlouqueceriam” caso abandonassem o que ele chamava de “tratamentos sexuais”.
As investigações revelaram que, para dificultar a ação da polícia e confundir possíveis testemunhas, o líder religioso mudava constantemente o endereço do terreiro. Essa estratégia permitia que continuasse a captar novas fiéis sem levantar suspeitas imediatas.
Prisão e andamento das investigações
A prisão foi resultado da Operação “Sórdida Oblatio”, conduzida por agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (DEAM I) da Polícia Civil do Distrito Federal. A ação foi deflagrada na manhã de sexta-feira, após a coleta de depoimentos e provas que reforçaram as acusações.
Os investigadores destacaram que o caso é um exemplo grave de abuso de poder religioso, em que a fé e a vulnerabilidade das vítimas foram exploradas de maneira sistemática. Agora, as autoridades buscam identificar se há mais mulheres que tenham sofrido abusos semelhantes, incentivando outras possíveis vítimas a procurarem a delegacia para registrar denúncias.
Renato Hudson Silva Alves permanece detido e, segundo a polícia, responderá pelos crimes em regime fechado, caso seja condenado. O caso segue em investigação para apurar a totalidade das práticas criminosas atribuídas ao acusado.
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