Juliana caiu no sábado, dia vinte e um de junho, durante uma trilha no vulcão, um local conhecido tanto por sua beleza quanto por seu terreno extremamente traiçoeiro.
O resgate foi um dos pontos que mais gerou revolta e aumentou o clima pesado no velório. Muitos amigos e familiares ainda não conseguem entender como uma jovem que chegou a ser vista viva por drones permaneceu quatro dias sem ser retirada do local.
“Eles a viram mexendo na bolsa, acenando. Como demoraram tanto para chegar até ela?”, questionava, chorando, uma amiga próxima.
Resgate difícil e cenário devastador
O corpo de Juliana só foi localizado e retirado na quarta-feira, dia vinte e cinco, após uma operação complexa que envolveu equipes locais de resgate, voluntários e uso de equipamentos especiais.
O Monte Rinjani, com encostas íngremes, pedras soltas e neblina constante, representou um desafio quase intransponível para os socorristas. Ainda assim, a família sente que houve falhas.
“Sabemos que o lugar é difícil, mas quatro dias é muito tempo. E se ela estivesse viva, lutando para sobreviver?”, disse um primo, visivelmente emocionado.
Detalhes de como estava o seu corpo
No velório, as lembranças do estado em que o corpo foi encontrado também assombravam os presentes. Segundo relatos de pessoas próximas à família, o corpo de Juliana apresentava múltiplos ferimentos, fraturas e sinais de ter ficado exposto ao clima severo, o que deixou a cena ainda mais devastadora para quem precisou identificá-la. “Foi horrível, ninguém deveria ter que ver uma pessoa que ama daquele jeito”, contou uma tia, em prantos.
Enquanto sobre o caixão se acumulavam flores e fotos de Juliana sorrindo em viagens, o clima de dor e a indignação com o resgate lento pairavam no ar, tornando o ambiente quase insuportável.
Para muitos, o detalhe mais assustador no velório foi perceber o quanto a tragédia poderia, talvez, ter tido outro desfecho, caso o socorro tivesse sido mais ágil.
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