A morte de Juliana Marins, jovem brasileira de vinte e seis anos que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, continua gerando repercussões e desdobramentos que vão além da tragédia em si.
Um dos episódios mais comentados nos últimos dias envolve o alpinista indonésio que participou do resgate do corpo da jovem, e a vaquinha criada para ajudá-lo financeiramente.
Logo após o término da operação de resgate, foi organizada uma campanha de arrecadação online com o objetivo de reunir quinhentos mil reais para o alpinista, sob a justificativa de reconhecer seu esforço e dedicação.
Contudo, a iniciativa foi alvo de críticas e acabou sendo cancelada, após internautas apontarem problemas na transparência da arrecadação e questionarem o destino do dinheiro.
Taxa de 20% da plataforma gerou revolta nas redes sociais
A polêmica ganhou força quando se descobriu que vinte por cento do valor arrecadado seria destinado à plataforma Voa, pertencente ao site Razões para Acreditar, responsável por hospedar a vaquinha. Isso significaria que, dos quinhentos mil reais pretendidos, cem mil reais ficariam com a empresa, restando apenas quatrocentos mil reais efetivamente para o alpinista.
Muitos usuários nas redes sociais se revoltaram, alegando que, embora seja legítimo que plataformas cobrem taxas pelos serviços prestados, o percentual de vinte por cento foi considerado excessivo, especialmente por se tratar de uma tragédia que mobilizou comoção nacional. “É um absurdo tirar vinte por cento de uma história tão triste. Isso virou comércio”, comentou uma internauta indignada.
Além disso, surgiram questionamentos sobre a real necessidade da vaquinha, já que o alpinista não sofreu ferimentos e participou do resgate como parte de sua profissão.
Para muitas pessoas, a ajuda deveria se concentrar na família de Juliana e nos custos do translado do corpo ao Brasil, despesas que já haviam sido assumidas por doações particulares, incluindo a contribuição do ex-jogador Alexandre Pato.
Diante da repercussão negativa e da pressão crescente, os organizadores decidiram cancelar a arrecadação, divulgando nota em que explicaram que a iniciativa foi feita com boa intenção, mas que preferiram evitar mais controvérsias.
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