O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi colocado em prisão domiciliar nesta segunda-feira (4/8) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após o magistrado considerar que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente. Durante o cumprimento da decisão, Bolsonaro teria se revoltado com a situação e, segundo aliados, expressou forte insatisfação ao saber da ordem judicial.
A revolta do ex-presidente teria ocorrido ainda em sua residência, em Brasília, quando foi informado pela equipe jurídica sobre a decisão do STF. Pessoas próximas relatam que Bolsonaro demonstrou indignação com o que chamou de “perseguição política” e teria dito que a medida representa “mais uma afronta à democracia”. Além da prisão domiciliar, Moraes determinou a apreensão dos celulares do ex-mandatário, como forma de apurar possíveis novas violações das proibições judiciais.
Descumprimento de medidas leva à decisão mais severa
A ordem de prisão domiciliar foi tomada após o Supremo identificar que Bolsonaro participou por telefone de uma manifestação no Rio de Janeiro no domingo (3/8). Embora estivesse em casa, em Brasília, o ex-presidente enviou um áudio aos manifestantes, que foi reproduzido no evento e posteriormente compartilhado nas redes sociais por seus filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro.
Essa atitude foi considerada por Moraes uma tentativa clara de burlar a proibição de uso das redes sociais, uma das principais medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Na decisão, o ministro apontou que, mesmo sem postar diretamente, o ex-presidente utilizou meios indiretos para se manifestar publicamente, o que já havia sido expressamente vetado.
A violação não apenas ativou a possibilidade de prisão, como também reforçou a justificativa de que as medidas anteriores eram insuficientes para impedir novas infrações. Por isso, Moraes optou por converter as restrições em prisão domiciliar integral, com monitoramento 24 horas por dia.
Aliados relatam indignação e resistência ao cumprimento da decisão
Ao ser informado da decisão, Bolsonaro teria reagido com palavras de protesto, dizendo que está sendo alvo de um processo injusto. Fontes próximas afirmam que ele ficou especialmente irritado com a apreensão de seus celulares, considerada por ele como uma invasão desnecessária. Segundo relatos, o ex-presidente chegou a questionar os agentes de forma ríspida e levantou a voz durante o cumprimento do mandado.
Mesmo com a revolta, Bolsonaro acatou a decisão e permanece em sua residência, agora sob as novas condições impostas pelo STF. Além da tornozeleira eletrônica, ele está impedido de deixar sua casa em qualquer horário, inclusive nos fins de semana, e segue proibido de manter contato com embaixadores, investigados ou autoridades estrangeiras.
A expectativa agora é que os celulares apreendidos passem por perícia para verificar se Bolsonaro teve participação direta na organização ou divulgação de conteúdos que motivaram a nova decisão. A defesa do ex-presidente já anunciou que irá recorrer, alegando que não houve violação intencional das medidas.
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