O Brasil se despediu nesta sexta-feira (8) de Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba, que faleceu aos 66 anos no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos. O músico estava internado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste, e sua morte encerrou uma batalha de oito anos iniciada em março de 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.
O velório, realizado no sábado (9), na quadra do Império Serrano, reuniu familiares, amigos, artistas e fãs. Durante a cerimônia, muitos presentes comentaram, com espanto, o fato de Arlindo ter vivido exatamente oito anos após o AVC antes de partir. A lembrança trouxe à tona não apenas sua resistência, mas também a longa rotina de cuidados médicos que recebeu nesse período.
Fontes próximas à equipe médica revelaram que, antes do falecimento, houve avaliação para possível doação de órgãos, na tentativa de salvar outras vidas. No entanto, o histórico clínico e a falência múltipla dos órgãos inviabilizaram o procedimento.
A tentativa de salvar outras vidas
Em casos de pacientes em estado crítico, é comum que equipes médicas verifiquem a viabilidade de órgãos para transplante. Esse processo envolve exames rigorosos e análise de condições de saúde que garantam segurança para o receptor.
No caso de Arlindo, as complicações acumuladas ao longo dos anos, associadas a infecções e limitações orgânicas, impediram a captação. Mesmo assim, a iniciativa reforça a importância do transplante como uma oportunidade de esperança para quem aguarda na fila.
Segundo especialistas, um único doador saudável pode beneficiar até dez pessoas. Embora não tenha sido possível concretizar a doação, a tentativa foi vista como um gesto de solidariedade e respeito ao legado de Arlindo.
Dor e tristeza após a despedida
Após o encerramento do velório e o sepultamento, a esposa de Arlindo, Babi Cruz, deixou o local visivelmente abatida. Ao lado dos filhos, ela caminhava com semblante fechado, evitando falar com a imprensa e abraçando com força os familiares mais próximos.
Conhecida por ter dedicado os últimos oito anos aos cuidados do sambista, Babi não conteve a emoção ao deixar a quadra do Império Serrano. Testemunhas relataram que ela chorava silenciosamente, abraçada por amigos que tentavam confortá-la.
Para quem acompanhou de perto, a dor de Babi era a de alguém que viveu intensamente ao lado do marido em um período de luta diária e que agora enfrenta o vazio deixado pela partida. A serenidade que mostrou durante o velório deu lugar a um luto profundo, marcado pela saudade e pela lembrança dos momentos vividos com Arlindo.
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