A dor de perder um filho é indescritível — e no caso de Juliana Marins, de 26 anos, essa dor foi agravada por um detalhe que comoveu o país: seu pai viajou às pressas até a Indonésia para tentar salvá-la, mas infelizmente não chegou a tempo.
Juliana havia caído em uma ribanceira durante uma trilha no Monte Rinjani e passou quatro dias isolada, gravemente ferida, pedindo ajuda.
Ao saber do acidente, a família entrou em desespero. O pai, sem pensar duas vezes, embarcou rumo à ilha de Lombok, onde fica o vulcão. A viagem foi longa e difícil, com escalas e burocracias, mas movida por esperança.
Durante o percurso, amigos e voluntários informavam que drones haviam localizado Juliana ainda com vida, o que alimentava o desejo de que ela pudesse ser salva a tempo.
Porém, o tempo foi cruel. O terreno de difícil acesso, o clima instável e a lentidão das autoridades locais atrasaram o resgate. Quando o pai de Juliana finalmente chegou à Indonésia, a notícia que tanto temia foi confirmada: sua filha havia sido encontrada sem vida, com sinais de decomposição, em meio às rochas do vulcão.
Uma chegada marcada por dor e a despedida que ele não queria dar
O pai de Juliana acompanhou pessoalmente a retirada do corpo da filha, feita com o uso de cordas por uma equipe especializada. A cena foi descrita por testemunhas como devastadora.
Ao ver o corpo de Juliana ser içado pelas encostas do vulcão, ele desabou em lágrimas. “Eu tentei… Eu tentei chegar”, teria dito, segundo pessoas próximas.
Mesmo em meio à dor, ele se manteve firme para cuidar dos trâmites burocráticos e garantir que a filha fosse trazida de volta ao Brasil. Uma vaquinha foi organizada para custear o translado, e o apoio de amigos e desconhecidos possibilitou que Juliana recebesse um velório digno.
A história de Juliana termina com tristeza, mas também com amor. O amor de um pai que atravessou o mundo com a esperança de salvar sua filha — e que agora carrega a missão de manter viva sua memória.
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