A enfermeira Edmara Silva Abreu, de 42 anos, morreu nesta quinta-feira (3) em São Paulo após complicações no transplante de fígado. O órgão, recebido em procedimento emergencial, foi rejeitado pelo corpo da paciente.
O transplante havia sido realizado depois que Edmara foi diagnosticada com hepatite fulminante, condição grave que surgiu, segundo os médicos, após o consumo de um composto de “ervas para emagrecimento”. O produto, comercializado em cápsulas e vendido como natural, continha uma mistura de 50 ervas que prometia perda rápida de peso. A ingestão causou uma lesão irreversível no fígado da enfermeira.
Produto natural que virou ameaça
Funcionária do Hospital e Maternidade Santa Joana, Edmara não tinha histórico de doenças hepáticas. Após uma consulta médica, foi internada às pressas com sintomas graves. No início, os médicos chegaram a suspeitar de dengue ou outras enfermidades que afetam o fígado, mas os exames confirmaram o diagnóstico de hepatite fulminante causada pelo composto.
A gravidade do quadro exigiu um transplante imediato. Apesar da cirurgia, o corpo de Edmara não aceitou o novo órgão. A rejeição resultou em falência hepática e, posteriormente, na morte da paciente.
O caso chamou a atenção da médica Liliana Ducatti, cirurgiã que acompanhou a enfermeira. Em suas redes sociais, ela fez um alerta sobre o risco de consumir medicamentos ou suplementos sem prescrição. “Não existe remédio milagroso para emagrecer”, reforçou. Segundo a especialista, apenas profissionais capacitados podem indicar métodos seguros para perda de peso.
Alerta das autoridades
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reforçou a importância de verificar a procedência de qualquer produto antes do consumo, principalmente aqueles que se apresentam como “naturais”.
Segundo a agência, a denominação não garante segurança. Muitos compostos vendidos dessa forma contêm substâncias potencialmente tóxicas ou associadas a efeitos adversos graves. A morte de Edmara gerou comoção entre colegas de trabalho e amigos. Para os profissionais de saúde, o caso serve como um lembrete sobre os perigos de soluções rápidas para emagrecimento, que podem custar muito mais do que alguns quilos — podem custar a própria vida.
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