Segundo o depoimento bombástico de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, valores que chegam a impressionantes US$ 86 mil foram transferidos ao ex-presidente por meio da venda de relógios e joias que ele havia recebido durante seu mandato.
O motivo? O pagamento de indenizações, incluindo uma que envolveu a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
Cid revela motivo surpreendente
Na delação premiada, Cid revelou que Bolsonaro pediu que fosse feito um levantamento detalhado sobre os presentes que ele teria recebido e que poderiam ser vendidos.
Em um momento descontraído, o ex-presidente perguntou: “E aí, bicho, vamos tentar vender isso daqui?”. O levantamento mostrou que os itens com maior valor de mercado eram os relógios Rolex e Patek Philippe, além de um kit de joias Chopard.
De acordo com o depoimento, as vendas ocorreram nos Estados Unidos em 2022, e os valores foram astronômicos: R$ 68 mil pela venda dos relógios e R$ 18 mil pelo kit de joias.
Cid ainda detalhou como os US$ 86 mil foram repassados a Bolsonaro, com transações feitas em diferentes países e de formas fracionadas:
- US$ 18 mil (R$ 103 mil) repassados por Cid no Brasil, em junho de 2022;
- US$ 30 mil (R$ 171 mil) repassados por Lourena Cid em Nova York, em setembro de 2022;
- US$ 10 mil (R$ 57 mil) repassados por Lourena Cid no Brasil, no final de 2022;
- US$ 20 mil (R$ 114 mil) repassados por Lourena Cid em Miami, em fevereiro de 2023.
Essas transações fazem parte de um inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Bolsonaro é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O ex-presidente sempre negou as acusações.
As revelações de Cid surgem no contexto de uma nova denúncia apresentada pela PGR contra Bolsonaro, referente à tentativa de golpe, e os vídeos da delação foram tornados públicos nesta quinta-feira (20). O que mais está por trás dessa história? A investigação continua e novos detalhes podem surgir.
Publicar comentário