Ela Foi Fazer Cirurgia Nos Dentes e O Pior Aconteceu: ‘Est…Ver mais

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A estudante de medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, enfrentava há anos as dificuldades causadas por uma mordida cruzada e um crescimento anormal da mandíbula. Após três anos de preparação, ela finalmente realizou a cirurgia ortognática na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG), em março de 2023.

No entanto, o que deveria ser um passo em direção à melhoria da qualidade de vida acabou se transformando em uma tragédia. Poucas horas depois da operação, Larissa sofreu uma parada cardiorrespiratória e entrou em coma.

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Segundo os relatos da família, Larissa chegou ao quarto do hospital já desacordada, logo após deixar a sala de recuperação. “Me pediram para sair do quarto rapidamente.

Minutos depois, vários profissionais entraram, e ninguém nos explicava o que estava acontecendo”, relembra Ricardo Carvalho, pai da jovem. Desde então, Larissa permanece em estado vegetativo, sem falar, se mover ou interagir completamente com o ambiente, embora apresente alguns sinais de consciência.

Família contesta versão e aponta falhas no procedimento

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A cirurgia foi feita com o objetivo de melhorar a mastigação da jovem, que já evitava alimentos como carne por não conseguir triturá-los corretamente. A mãe, Maria Cristina de Carvalho, conta que, apesar do incômodo funcional, Larissa não se incomodava com a aparência. A família, no entanto, não esperava que o procedimento tivesse consequências tão severas.

Segundo os pais, a cirurgia não teve os riscos devidamente explicados. O termo de consentimento, segundo o pai, não mencionava com clareza os perigos da anestesia geral nem a possibilidade de complicações graves, como a parada cardiorrespiratória.

Além disso, eles afirmam que a documentação do procedimento não detalha os passos adotados pelos médicos, o que aumentou a desconfiança sobre o que realmente aconteceu.

A Santa Casa informou que não comentaria o caso. Em busca de respostas, a família solicitou acesso às imagens das câmeras do hospital, mas até agora não obteve explicações conclusivas. Segundo Ricardo, uma reunião foi marcada 20 dias após a cirurgia, mas nada foi esclarecido. “Disseram que foi uma fatalidade. Não foi. Estamos atrás da verdade”, desabafa.

Justiça garante tratamento em casa, mas futuro ainda é incerto

Após meses de batalha judicial, a família conseguiu que Larissa passasse a receber home care, com cuidados médicos contínuos em casa, custeados pelo plano de saúde. A mãe relata que a filha apresenta alguns sinais de melhora, como pequenos movimentos de olhar e reações sonoras, mas ainda não há um diagnóstico definitivo sobre a possibilidade de recuperação plena.

“Ela não tem atrofias, nem deformidades. Os espasmos diminuíram. Mas ninguém consegue nos dizer se ela vai voltar a ser quem era, ou quando isso pode acontecer”, diz Maria Cristina. O caso segue gerando comoção e levanta questionamentos importantes sobre a responsabilidade médica e a segurança nos procedimentos cirúrgicos.

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