Dois meses após a trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, na Indonésia, novas informações sobre o caso voltaram à tona. No último sábado, 2 de agosto, Ali Musthofa, guia local de 20 anos que acompanhava a jovem no momento do acidente, concedeu uma entrevista emocionada e revelou detalhes até então desconhecidos sobre os últimos instantes de Juliana no Monte Rinjani.
Desespero e falha de comunicação marcaram o acidente
Juliana Marins era publicitária e sonhava em conhecer o mundo. Durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, a jovem se separou momentaneamente do grupo por estar cansada e apresentar dificuldade para acompanhar o ritmo dos demais turistas. De acordo com o relato do guia, Juliana caminhava com dificuldade e ficou para trás, sendo orientada por ele a esperar no local.
“Ela era a mais lenta, estava exausta. Pedi para que ficasse parada e descansasse”, disse Ali em entrevista a um podcast local. “Quando voltei, ela não estava mais lá. Entrei em pânico”, completou. O jovem conta que começou a gritar desesperadamente, pedindo para que ela permanecesse onde estava, mas Juliana, tentando voltar sozinha, acabou escorregando e caindo de um penhasco.
Em meio ao desespero, Ali afirma que a única palavra que ouviu da brasileira foi “help”. Ele ainda tentou descer parte da encosta para ajudá-la, mas as condições do terreno tornaram impossível qualquer aproximação segura.
Encontro tenso com a família e acusações na embaixada
O guia também revelou o impactante encontro com a família da vítima na Embaixada do Brasil, dias após o acidente. Segundo ele, o pai de Juliana o acusou diretamente pela morte da filha, dizendo que ele havia falhado em sua função como guia. A situação, segundo Ali, foi devastadora: “Fiquei em choque. Entendo a dor dele, mas também estou sofrendo”.
Após o ocorrido, as autoridades locais proibiram Ali Musthofa de continuar atuando como guia turístico na região. Enquanto a investigação oficial segue em andamento, ele tenta se defender publicamente, afirmando que fez tudo o que pôde para salvar Juliana.
A tragédia gerou comoção internacional e expôs fragilidades na condução de trilhas por turistas estrangeiros em regiões de risco. A família da jovem ainda aguarda respostas concretas e espera que a investigação traga clareza sobre o que de fato aconteceu naquele dia fatídico.
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