O assassinato brutal de Ana Luiza Lima Brito, de 22 anos, chocou moradores de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. A jovem foi morta de forma cruel, com o corpo esquartejado e abandonado às margens de uma estrada de terra, próximo ao bairro Delta Park.
A cena foi ainda mais impactante pela forma como o crime foi executado: uma das mãos da vítima foi colocada dentro de uma bolsa e um bilhete foi introduzido em sua boca — o conteúdo ainda não foi divulgado pela polícia.
A principal linha de investigação aponta para um possível ato de vingança por parte do Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), facção criminosa que atua em aliança com o Comando Vermelho (CV).
Segundo a polícia, Ana Luiza teria delatado o paradeiro de Matheus Rodrigues de Souza, de 24 anos, morto a tiros dois dias antes. O rapaz havia deixado recentemente o sistema prisional e estava iniciando um envolvimento amoroso com Ana.
Vingança e traição entre facções podem ter motivado execução
De acordo com a Polícia Civil, Ana Luiza estaria migrando para o Bonde do Maluco (BDM), facção rival do CV. A suspeita de traição pode ter levado ao seu assassinato, motivado pela suposta colaboração no ataque a Matheus.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento da execução de Matheus, em um estabelecimento no bairro Gusmão, o que fortalece a teoria de que a jovem tenha contribuído com informações aos rivais.
Nas redes sociais, a mãe de Ana lamentou a morte da filha e declarou que o fim trágico foi consequência de escolhas erradas. “O que aconteceu com minha filha é fruto de desobediência. Fruto da rebeldia, de achar que é dona do mundo”, escreveu.
A autoria do crime ainda está sob investigação. Já o homem apontado como executor de Matheus foi identificado, mas seu nome é mantido sob sigilo para não atrapalhar as apurações.
A polícia também alerta que o compartilhamento das imagens do crime de Ana, que circulam nas redes sociais, configura crime e está sendo monitorado pelas autoridades.
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