Pouco antes de perder a vida no Monte Rinjani, na Indonésia, Juliana Marins, jovem brasileira de vinte e seis anos, implorou desesperadamente para ser retirada do local onde havia caído.
Em áudios e mensagens enviados a amigos e familiares, ela pedia por socorro, deixando claro seu desejo de viver. “Me tirem daqui, por favor. Eu não quero morrer aqui”, teria dito a jovem, com a voz fraca, mas carregada de esperança, mesmo em meio ao desespero.
Juliana caiu de uma altura de cerca de quinhentos metros durante uma trilha no vulcão, conhecido por seus caminhos íngremes, rochas soltas e clima traiçoeiro. Ferida e isolada em uma encosta de difícil acesso, ela conseguiu, mesmo machucada, acionar o celular e gravar vídeos e áudios clamando por ajuda. Ela pedia água, comida e, sobretudo, que alguém a retirasse dali o quanto antes.
As mensagens enviadas por Juliana são descritas por quem as ouviu como angustiantes. Em trechos revelados por amigos, ela repetia que estava com medo e que não conseguia se mover devido às dores intensas. “Eu tô aqui embaixo, caída. Me ajudem.
Me tirem daqui”, suplicou em uma das gravações. Essas palavras ecoaram como um pedido desesperado de alguém que, mesmo machucada, acreditava que poderia ser salva.
Resgate não chegou a tempo e a jovem não resistiu
Infelizmente, o socorro não chegou a tempo. O resgate foi dificultado por fatores extremos: o terreno era extremamente perigoso, com encostas quase verticais e pedras soltas, e o clima variava entre neblina intensa e chuvas torrenciais, impossibilitando operações aéreas.
As equipes tentaram acessar o local a pé, mas o trajeto levou dias. Quando finalmente alcançaram Juliana, ela já estava sem vida, com múltiplas fraturas e sinais de hemorragia interna, segundo confirmou o laudo médico.
O caso de Juliana Marins gerou profunda comoção no Brasil e no exterior, especialmente por saber que ela permaneceu viva por algum tempo após a queda, consciente e implorando para ser retirada dali. Sua história se transformou em símbolo de dor, mas também de luta, esperança e a vontade imensa de viver.
Agora, a família e amigos buscam não apenas lidar com o luto, mas também entender o que poderia ter sido feito diferente para evitar que Juliana morresse tão longe de casa, sozinha, apesar de seus gritos por socorro.
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