A dor da família de Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos que morreu após cair em uma ribanceira no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, só aumenta a cada novo capítulo dessa tragédia.
Após quatro dias desaparecida, Juliana foi encontrada sem vida, já com sinais de decomposição. O que poucos sabiam até agora é que, antes mesmo do translado para o Brasil, o corpo da jovem passou por uma autópsia obrigatória na Indonésia, e o que foi relatado chocou ainda mais os familiares.
Segundo fontes próximas, os médicos legistas do país realizaram procedimentos invasivos no corpo de Juliana, como parte do protocolo local para mortes não naturais, principalmente envolvendo turistas estrangeiros.
Apesar de ser um procedimento técnico e legal, a forma como tudo ocorreu deixou a família emocionalmente abalada. “Eles precisavam confirmar a causa da morte, mas o estado em que o corpo ficou após os exames foi devastador de ver. Arrasou ainda mais quem estava lá para reconhecer”, contou uma pessoa próxima ao pai da jovem.
Além do impacto visual causado pela decomposição natural após quatro dias exposta ao calor e à umidade da montanha, os cortes feitos durante a autópsia tornaram o momento do reconhecimento ainda mais doloroso. O pai de Juliana, que viajou até a Indonésia na esperança de encontrá-la com vida, acabou tendo que ver a filha em seu pior estado, dentro de uma sala fria, sem a dignidade que ela merecia.
Translado para Niterói deve ocorrer nas próximas horas
Após o reconhecimento oficial e a finalização dos trâmites legais, o corpo de Juliana foi liberado para o translado ao Brasil. A jovem será velada e sepultada em Niterói (RJ), sua cidade natal, onde amigos, familiares e toda uma rede de apoio emocional aguardam para prestar as últimas homenagens.
A família conseguiu organizar o retorno graças à mobilização nas redes sociais e à ajuda do ex-jogador Alexandre Pato, que se ofereceu para arcar com os custos. O governo brasileiro, por sua vez, informou que não poderia custear o transporte, o que gerou ainda mais revolta pública.
A dor de perder uma filha em uma tragédia já é imensurável. Ver seu corpo marcado pela espera, pela negligência e por procedimentos obrigatórios em outro país — tudo isso fez com que a família enfrentasse não só a perda, mas também um trauma que vai durar para sempre.
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