O desejo de mudar o corpo terminou em tragédia para Natália Cavanellas Thomazella, empresária de 40 anos, que morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante uma cirurgia plástica no Hospital San Gennaro, na Mooca, em São Paulo.
Natália havia sido internada para passar, de uma só vez, por três procedimentos estéticos: lipoaspiração, aplicações nos glúteos e ajustes nas próteses mamárias.
Segundo informações da família, ela estava animada com as mudanças que planejava, mas acabou vítima de uma complicação grave, suspeita de embolia pulmonar, considerada rara, conforme informou a defesa do cirurgião plástico Edgar Lopez, responsável pela operação.
A morte da empresária trouxe à tona a discussão sobre os perigos das cirurgias múltiplas, prática que se tornou cada vez mais comum entre pessoas que desejam otimizar tempo e custos, mas que pode trazer riscos consideráveis à saúde.
Cirurgias Múltiplas: Uma Balança Entre Vantagens e Perigos
Para muitos, fazer várias cirurgias no mesmo ato cirúrgico parece uma solução prática. Entretanto, médicos especializados fazem alertas importantes.
O cirurgião plástico Jairo Casali, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que, embora seja possível, a combinação de procedimentos precisa ser muito bem avaliada caso a caso, pois pode expor o paciente a complicações mais sérias.
“Não existe cirurgia plástica completamente livre de riscos. E quando somamos procedimentos, o tempo de cirurgia aumenta, assim como o impacto no organismo e o período de recuperação. É essencial que o paciente compreenda que nem sempre vale a pena fazer tudo de uma só vez”, frisa Casali.
Já o cirurgião Daniel Regazzini, também da SBCP, destaca que há limites técnicos para cirurgias combinadas. Segundo ele, o ideal é que o procedimento não ultrapasse seis horas de duração ou envolva mais de 30% da superfície corporal. Ultrapassar esses limites faz os riscos subirem de forma acentuada.
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