Uma mulher morreu após consumir batatas que, segundo familiares, apresentavam “caroços escuros” e odor alterado. O caso, ocorrido no interior de Minas Gerais, tem chamado atenção pela rápida evolução do quadro clínico da vítima. Testemunhas relatam que ela começou a passar mal horas depois da refeição.
As primeiras hipóteses levantadas por especialistas apontam para uma possível intoxicação por solanina, substância natural presente em batatas verdes ou mal conservadas.
Quando exposta à luz ou armazenada por muito tempo, a batata pode desenvolver manchas verdes e protuberâncias, que indicam alta concentração da toxina. Se ingerida em grande quantidade, a solanina pode causar náuseas, vômitos, paralisia e até morte.
Família relata sinais de alerta após consumo
A vítima, identificada como Maria das Dores, de 42 anos, teria preparado uma porção de batatas fritas em casa. Ela comentou com o marido que algumas pareciam “esquisitas, com bolhas duras e escuras”.
Mesmo assim, continuou a refeição. Horas depois, começou a sentir dores abdominais intensas, seguidas de vômitos e dificuldade para respirar. Ela foi levada às pressas ao hospital, mas não resistiu.
O caso ainda será analisado por perícia toxicológica, que avaliará os alimentos consumidos e amostras do organismo da vítima. A família, abalada, faz um apelo para que outras pessoas fiquem atentas à aparência e ao cheiro dos alimentos, mesmo os considerados comuns no dia a dia.
Especialistas alertam para os riscos do consumo imprudente
Nutricionistas reforçam que batatas com partes verdes, brotos ou caroços devem ser descartadas imediatamente, mesmo após o cozimento ou fritura. O calor não neutraliza a toxina, e a ingestão pode ser fatal, especialmente em pessoas mais sensíveis ou com histórico de alergias alimentares.
A morte de Maria das Dores gerou comoção na comunidade e serviu de alerta para a importância de reconhecer sinais de deterioração nos alimentos. A Anvisa recomenda sempre observar a coloração, textura e validade dos produtos consumidos em casa.
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