Uma tragédia de proporções devastadoras abalou a Índia nesta quinta-feira (12), quando um avião da companhia Air India, com destino a Londres, caiu poucos segundos após a decolagem no aeroporto da cidade de Ahmedabad, no estado de Gujarat, no oeste indiano.
O acidente, que ocorreu no início da tarde no horário local (manhã no horário de Brasília), deixou ao menos 240 mortos, incluindo passageiros, tripulantes e moradores da região atingida.
Aeronave caiu logo após decolar e explodiu em área residencial
A aeronave envolvida no acidente era um Boeing 787-8 Dreamliner, modelo considerado moderno e utilizado em rotas internacionais de longa distância. Segundo as autoridades indianas de aviação, o avião apresentou perda de altitude quase imediatamente após deixar a pista de decolagem.
Imagens divulgadas por câmeras de segurança e captadas por moradores mostram o momento em que o avião começou a perder potência, mergulhando em direção ao solo antes de sumir atrás de prédios residenciais. Poucos segundos depois, uma grande explosão foi registrada, com uma coluna de fumaça densa e intensa subindo sobre o bairro.
A aeronave acabou caindo sobre um alojamento de médicos localizado próximo ao aeroporto, ampliando ainda mais o número de vítimas fatais. Muitos moradores que estavam na região também perderam a vida com o impacto e a destruição causada pelos destroços.
Passageiros de várias nacionalidades estavam a bordo
O voo da Air India seguia para o aeroporto de Gatwick, em Londres, levando a bordo 242 pessoas, segundo informações confirmadas pela própria companhia aérea — 230 passageiros e 12 membros da tripulação. Entre os passageiros, havia 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense.
O acidente ainda vitimou ao menos um ex-ministro da região de Gujarat, conforme apurou o jornal local India Today. As autoridades locais seguem tentando identificar todas as vítimas e notificar suas famílias.
Em meio à destruição, um relato de sobrevivente trouxe um pequeno fio de esperança. O indiano Vishwash Ramesh, de 40 anos, afirmou ao jornal Hindustan Times que conseguiu sair caminhando da cena do acidente. Contudo, até o momento da última atualização, sua condição ainda não havia sido oficialmente confirmada pelas autoridades indianas.
Investigações apontam perda de potência logo após a decolagem
De acordo com o sistema de monitoramento de voos FlightRadar24, o avião perdeu a comunicação com a torre de controle quando ainda estava a aproximadamente 190 metros de altitude. As autoridades confirmaram que a tripulação chegou a emitir um chamado de emergência do tipo “Mayday”, mas logo em seguida o sinal com o controle de tráfego aéreo foi perdido.
A causa exata do acidente ainda não foi determinada. Peritos da Polícia de Gujarat e da autoridade de aviação civil da Índia foram mobilizados para investigar o que pode ter provocado a súbita falha dos motores logo após a decolagem. As hipóteses iniciais giram em torno de falha técnica, perda de potência e até possível ingestão de pássaros nas turbinas, mas nenhum laudo oficial foi divulgado até o momento.
Destruição e dor no local do acidente
Moradores próximos relataram cenas de absoluto horror logo após o impacto. “Havia corpos e destroços espalhados por toda parte, além de muita fumaça e gritos”, descreveu um dos moradores à agência indiana PTI. As imagens do local mostram o rastro de destruição causado pelo impacto da aeronave de grande porte no meio da área residencial.
Equipes de resgate trabalharam durante todo o dia e a madrugada, tentando localizar possíveis sobreviventes e recuperar os corpos das vítimas. Ambulâncias, bombeiros e socorristas foram deslocados de diversas cidades próximas para auxiliar na operação.
Reações internacionais e comoção mundial
A tragédia mobilizou autoridades de todo o mundo. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi usou as redes sociais para expressar seu pesar: “A tragédia em Ahmedabad nos deixou atônitos e entristecidos. É algo de partir o coração, além das palavras”, declarou.
O novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também comentou o episódio, classificando as imagens do acidente como “devastadoras”. O Rei Charles III está sendo mantido informado diretamente sobre o andamento dos trabalhos de resgate e identificação das vítimas.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou estar “profundamente triste” com o desastre e colocou as autoridades britânicas à disposição das famílias de seus cidadãos envolvidos no acidente.
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