Quatro anos após um crime brutal que chocou o país, a Justiça finalmente condenou os responsáveis pela morte da empresária Indiana Geraldo Tardett, de forma definitiva. O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 3 de junho, no Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, e resultou na condenação de três réus diretamente envolvidos no assassinato.
Os condenados são Cláudio Valadares dos Santos, ex-companheiro de Indiana, o sacerdote de candomblé Márcio Andrade dos Santos, conhecido como “Pai Baiano”, e Jucilene Batista Rodrigues, também ligada ao grupo religioso. As penas somadas ultrapassam 63 anos de prisão. O crime, planejado por Cláudio, teve como motivação a recusa em dividir os bens adquiridos durante a união estável com a vítima.
Ritual Armadilha e Crime Chocante
De acordo com o Ministério Público, Cláudio procurou o sacerdote Márcio e expressou seu desejo de eliminar Indiana. Uma frase registrada no processo chocou pela frieza: “Tem que colocar Indiana no caldeirão do Satanás”. Com o auxílio de Jucilene, o grupo atraiu a empresária até a casa do sacerdote sob o pretexto de realizar um ritual de reconciliação.
No local, Indiana foi surpreendida e atacada com um facão artesanal que pesava mais de um quilo. O primeiro golpe a deixou inconsciente e, em seguida, ela sofreu ferimentos fatais. O crime ocorreu na madrugada de 31 de maio de 2021, poucos dias depois de a vítima ter registrado um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro por ameaças, solicitando inclusive uma medida protetiva, que infelizmente não evitou a tragédia.
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Condenação e Alívio Para a Família
O julgamento, que se estendeu por mais de 18 horas, resultou na condenação dos acusados por feminicídio qualificado, praticado por motivo torpe, com dissimulação e agravado pela tentativa de fraude processual. Durante as investigações, os criminosos tentaram manipular a cena do crime e usar a intolerância religiosa como pretexto para confundir as autoridades.
A sentença trouxe alívio para os familiares da vítima, que aguardavam justiça há quase meia década. Além de punir os responsáveis, o caso reacende o alerta sobre a violência de gênero e os perigos de relações abusivas, além do uso distorcido da fé para justificar atos criminosos.
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